TRABALHADORES DO HOSPITAL GERAL DE CARAPICUÍBA DECIDEM ENTRAR EM GREVE A PARTIR DE 2 DE JULHO
“Se não negociar, o HGC vai parar!” ecoa como grito de independência dos profissionais da saúde
Nem mesmo a manhã chuvosa foi capaz de conter a mobilização dos trabalhadores do Hospital Geral de Carapicuíba (HGC), que participaram em peso da assembleia realizada nessa sexta-feira (27) – pelo Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região (SUEESSOR). Com participação expressiva, os profissionais aprovaram por unanimidade o início da greve a partir das 6h da manhã da próxima quarta-feira, 2 de julho de 2025, caso a Fundação do ABC (FUABC), responsável pela gestão do hospital, não apresente avanços nas negociações.
A mobilização foi conduzida pelo presidente do sindicato, Antonio Gervásio Rodrigues, pelo vice-presidente Juarez Henrique de Paulo, com apoio do primeiro secretário Amilton A. Moura Rodrigues, dos diretores Edinaldo Alves Batista, Geni dos Santos Nascimento e Rogério Nunes Mendes, além do departamento jurídico do SUEESSOR, representado pela Dra. Lilian Bisaro e pelo Dr. Flávio Bezerra.
A decisão pela greve ocorre após a recusa da FUABC em negociar a proposta de acordo coletivo apresentada pelo sindicato em 5 de junho. De acordo com a resposta da fundação, a pauta foi analisada pela diretoria geral e pela presidência, que optaram por aguardar o fechamento da convenção coletiva de trabalho para o período de 2025/2026.
Para o sindicato, essa postura revela uma clara desconsideração pelas condições específicas dos trabalhadores da unidade. “A empresa simplesmente ignorou que os trabalhadores do hospital apresentam demandas que não são contempladas pela convenção coletiva geral. Infelizmente, é uma das poucas instituições que optam em não negociar melhores condições àqueles que estão na linha de frente e fazem todo o sistema hospitalar funcionar”, destacou Juarez Henrique de Paulo, vice-presidente do SUEESSOR.
Entre as reivindicações da categoria estão:
O presidente do SUEESSOR, Antonio Gervásio Rodrigues, classificou a postura da FUABC como intransigente e reforçou a importância da união da categoria neste momento. “Não se trata apenas de salários, mas de dignidade e respeito. É fundamental que o trabalhador entenda seu papel e caminhe junto com o sindicato”, afirmou.
O aviso de greve já foi formalmente protocolado pelo departamento jurídico do sindicato junto ao setor de Recursos Humanos da FUABC. Cópias do documento foram afixadas nas entradas e saídas do hospital, garantindo ampla ciência tanto aos trabalhadores quanto aos usuários da unidade.
Com a decisão, os trabalhadores dão um recado claro: se não houver negociação, o Hospital Geral de Carapicuíba vai parar.