TRABALHADORES DA DASA DENUNCIAM SALÁRIOS ABAIXO DO MÍNIMO E JORNADA 6X1; GREVE PODE SER DEFLAGRADA
O clima de tensão cresce entre os trabalhadores da saúde. Desde o início de agosto, o Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região (SUEESSOR) vem intensificando a mobilização em Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira e Osasco. O objetivo é pressionar o Sindicato Patronal dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde, Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas de Osasco e Região (SINDIHCLOR), que insiste em manter uma proposta considerada vergonhosa: sem reposição da inflação acumulada e com perdas diretas no poder de compra da categoria.
A luta está sendo conduzida pelo vice-presidente do SUEESSOR, Juarez Henrique de Paulo, com apoio do primeiro secretário Amilton Arlindo de Moura Rodrigues, dos(as) diretores(as) Ailton Mercês, Amélia Pereira Matos, Edinaldo Alves Batista, Geni dos Santos Nascimento, Luciana Pereira Santos e Rogério Nunes Mendes, da assessora de Sindicalização Maria Cristina Porto e da equipe jurídica representada pela Dra. Lilian Bisaro e pelo Dr. Flavio Bezerra. O movimento também conta com o respaldo do presidente Antonio Gervásio Rodrigues e do secretário-geral Donizete Aparecido Manoel, garantindo força política e organizativa às ações.
Para unificar a categoria, o SUEESSOR criou um grupo de WhatsApp que já reúne mais de 500 trabalhadores. O espaço, acessível por QR Code em panfletos, site e redes sociais, tornou-se estratégico para denúncias e relatos das condições de trabalho.
Foi por meio dessa articulação que vieram à tona graves denúncias contra o Grupo DASA – Diagnósticos da América S.A., no Laboratório Delboni Auriemo, em Alphaville/Barueri. Os relatos revelam salários abaixo do mínimo nacional: recepcionistas recebendo R$ 1.350,00, auxiliares e assistentes de laboratório R$ 1.518,00 e técnicos apenas R$ 1.607,00.
Além disso, a empresa submete seus profissionais a uma jornada considerada “escravocrata”: a escala 6×1. Segundo o vice-presidente Juarez Henrique de Paulo, “esse regime compromete seriamente a saúde e a qualidade de vida, restringe o descanso, prejudica a convivência familiar e inviabiliza a continuidade dos estudos”.
Na tentativa de avançar nas negociações, o Sindicato convocou a DASA para reunião no último dia 18. A empresa, no entanto, enviou uma representante sem qualquer dado básico, como o número de trabalhadores da unidade, bloqueando qualquer avanço. Depois, chegou a propor uma live com seu presidente, mas recuou ao descobrir que a diretoria do SUEESSOR participaria. Em resposta, o Sindicato realizou sua própria transmissão ao vivo, denunciando as irregularidades e reafirmando a disposição para dialogar com quem realmente tenha poder de decisão. O vídeo pode ser assistido pelos trabalhadores no instagram do sindicato: @sueessor
Com a intransigência da empresa, a categoria já se organiza para uma assembleia decisiva na próxima sexta-feira, 22 de agosto. Se não houver avanços concretos, a greve contra a DASA poderá ser deflagrada a qualquer momento.
“Se não negociar, a DASA vai parar” – reafirma a diretoria do SUEESSOR.