1/07/2025 11h54

SUEESSOR REAFIRMA LEGITIMIDADE DA GREVE NO HGC E REPUDIA AÇÃO JUDICIAL DA FUNDAÇÃO DO ABC

Na manhã desta terça-feira (1º), às 08h00, o Sindicato Único dos Empregados em
Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região – SUEESSOR – foi
oficialmente notificado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) sobre uma ação
movida pela Fundação do ABC, atual gestora do Hospital Geral de Carapicuíba (HGC).
A entidade tenta declarar a greve dos trabalhadores da unidade como ilegal e abusiva.
A medida judicial ocorre após decisão soberana tomada em assembleia geral, realizada
pelo SUEESSOR com os trabalhadores do HGC no dia 27 de junho, que aprovaram a
paralisação das atividades a partir das 6h do dia 2 de julho de 2025, diante da ausência
de avanços nas negociações com a administração do hospital.

Na ação, a Fundação do ABC argumenta que ainda não foi concluída a convenção
coletiva da categoria para o período 2025/2026 e acusa o Sindicato de pressionar pela
assinatura de um acordo coletivo de forma indevida.

O SUEESSOR, por sua vez, refuta as alegações e esclarece que a mobilização atual
não se confunde com a negociação da convenção coletiva geral, mas sim com
pautas específicas e urgentes dos trabalhadores do HGC – muitas delas
relacionadas a direitos básicos que não vêm sendo respeitados.

Entre as principais reivindicações estão:

– Piso salarial da categoria fixado em R$ 1.904,00;
– Reajuste de 5,32% a partir de 1º de maio de 2025;
– Adicional noturno de 40% para todos os trabalhadores, inclusive os da escala
12×36;
– Pagamento do adicional de insalubridade conforme a Súmula 448 do TST;
– Compensação ou pagamento das horas de feriados trabalhados na escala 12×36,
conforme Súmula 444 do TST;
– Proibição da escala 6×1 com jornada de 44 horas semanais;
– Correção salarial imediata para os profissionais da limpeza e da cozinha, que
hoje recebem abaixo do salário mínimo;
– Fornecimento gratuito de refeições completas (café da manhã, almoço e jantar)
para trabalhadores dos turnos diurno e noturno.

O Sindicato reforça que, ao longo dos últimos meses, buscou reiteradamente o diálogo
com a gestão do hospital, sem sucesso. Todas as tentativas foram devidamente
documentadas e visavam encontrar soluções negociadas para as demandas dos
profissionais, que enfrentam condições precárias no ambiente de trabalho.

“A greve é um direito constitucional e, assim como os acordos coletivos, constitui
ferramenta legítima de pressão dos trabalhadores quando o diálogo se esgota. Não há
qualquer ilegalidade no que está sendo reivindicado”, afirma a diretoria do SUEESSOR.
A entidade sindical também destaca que a ação judicial representa mais uma tentativa
de silenciar a luta justa dos trabalhadores da saúde, que atuam com dedicação em um

serviço essencial, mas não podem ser penalizados com salários indignos e condições
insalubres.

O SUEESSOR aguarda a audiência convocada pelo TRT com a expectativa de que
prevaleça o bom senso e que as legítimas reivindicações dos trabalhadores do HGC
sejam finalmente atendidas.

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