SUEESSOR DIZ QUE FUNDAÇÃO DO ABC NÃO APRESENTOU PROPOSTA ESPERADA EM REUNIÃO SOBRE GREVE NO HGC, MAS CONSIDERA PASSO IMPORTANTE PARA AVANÇO DAS NEGOCIAÇÕES
Na tentativa de avançar no impasse envolvendo a greve dos trabalhadores do Hospital
Geral de Carapicuíba (HGC), deflagrada em 2 de julho, o Sindicato Único dos
Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região –
SUEESSOR participou, na manhã desta quinta-feira (03), de uma reunião virtual com
representantes da Fundação do ABC, acompanhados por gestores, assessoria jurídica e
representantes do Sindicato Patronal das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do
Estado de São Paulo (SINDHOSFIL).
Representado pelo vice-presidente Juarez Henrique de Paulo e pelos advogados Dr.
Flávio Bezerra e Dra. Lilian Bisaro, o SUEESSOR lamentou que a proposta esperada
pelos trabalhadores não tenha sido apresentada. “Foi uma reunião para anunciar apenas
o óbvio: que a empresa não vai mais aplicar a redução proporcional aos trabalhadores da
jornada 12×36”, afirmou a diretoria da entidade.
Durante a reunião, a Fundação do ABC reconheceu o erro nos valores pagos aos
trabalhadores do setor de higiene e informou que irá ajustar os salários para o valor-base
de R$ 1.605,22 aos profissionais em jornada 12×36. Também se comprometeu a aplicar
futuros reajustes com base nos pisos definidos na Convenção Coletiva de 2025,
atualmente em negociação com o sindicato patronal.
Para o SUEESSOR, embora os anúncios não configurem a proposta negocial esperada
pela categoria, representam um passo importante para o avanço das tratativas com a
empresa.
Em relação ao pagamento dos valores retroativos, uma das reivindicações centrais dos
trabalhadores, a Fundação afirmou que ainda não poderia se manifestar de forma
definitiva, mas se comprometeu a formalizar e encaminhar um posicionamento até o
final do dia.
“Os trabalhadores foram prejudicados e exigem o pagamento imediato dos valores
retroativos”- reforçou o sindicato.
O SUEESSOR destacou que a greve não tem como objetivo discutir a Convenção
Coletiva de 2025, que segue em negociação com o sindicato patronal, mas sim cobrar
soluções urgentes para o descumprimento de direitos básicos e problemas históricos
enfrentados pelos trabalhadores do HGC.
A entidade sindical também alertou que, se não houver avanços concretos, a demanda já
judicializada, poderá resultar na extensão dos efeitos da decisão para toda a categoria, e
não apenas para o setor de higiene.
O sindicato informou que aguardará o envio da proposta formalizada e que o conteúdo
será submetido à deliberação em assembleia previamente convocada. A manutenção ou
suspensão da greve dependerá exclusivamente da decisão da categoria.