14/10/2025 6h18

REDE D’OR SE RECUSA A REAJUSTAR SALÁRIOS E TENTA DESCUMPRIR CONVENÇÃO COLETIVA; SUEESSOR ANUNCIA MOBILIZAÇÃO EM DEFESA DA CATEGORIA

No último dia 03 de outubro, o Hospital e Maternidade São Luiz Osasco S/A (Hospital Sino Brasileiro) – administrado pela Rede D’Or – protocolou um documento na sede do Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região (SUEESSOR), informando que não pretende cumprir a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) firmada entre o sindicato patronal e a categoria.

A direção da empresa sustenta que o acordo coletivo 2023–2024 entre Rede Do’r e SUEESSOR, já teria contemplado a implementação do piso nacional da enfermagem, com base em liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da ADI nº 7222. O SUEESSOR, porém, lembra que a decisão do STF apenas estabeleceu parâmetros gerais para a aplicação do piso, sem retirar a autonomia da negociação coletiva e sem impedir avanços conquistados em novas convenções e/ou acordos coletivos.

“O Supremo já reconheceu que a negociação coletiva é espaço legítimo para adequar e ampliar direitos de acordo com as realidades regionais, sempre preservando a dignidade do trabalhador” – destacou o vice-presidente do SUEESSOR, Juarez Henrique de Paulo.

O Sindicato reforça que a nova Convenção Coletiva é pautada em realidades e foi aprovada em assembleia dos trabalhadores, devendo ser respeitada por todas as empresas da categoria, independentemente de acordos anteriores. “O cumprimento de instrumentos passados não anula a validade nem a obrigatoriedade das cláusulas atuais, que representam conquistas legítimas dos trabalhadores” – alegou o vice-presidente.

O SUEESSOR também alerta que tentativas de deslegitimar ou enfraquecer a convenção, alegando supostas irregularidades formais por parte do sindicato patronal, não podem servir de desculpa para negar direitos.

Ainda no documento, a Rede D’Or afirmou que não houve avanços por parte do SUEESSOR em tratativas de novo acordo e se propôs a uma reunião. No entanto, deixou claro que pretende manter as condições do acordo anterior, não pagar o reajuste dos trabalhadores, sob a alegação de dificuldades financeiras.

Para o SUEESSOR, esses argumentos são inaceitáveis.

“O que está em jogo são condições de trabalho dignas, salário justo, benefícios sociais e o respeito às normas que equilibram as relações entre patrões e empregados” – reforçou Juarez e questionou, “como pode uma empresa do porte da Rede D’Or, que apresenta lucros bilionários em todo o país, continuar alegando problemas financeiros para negar reajustes e melhorias às condições de trabalho?”.

É importante destacar que, desde o início da data-base em maio, os sindicatos patronais e as empresas estão plenamente cientes de todas as reivindicações da categoria. No caso específico da Rede D’Or, houve uma expressiva participação e engajamento dos trabalhadores na assembleia que aprovou a pauta de reivindicações da categoria.

O departamento jurídico do Sindicato já está tomando as providências para notificar a empresa e não descarta acionar a Justiça do Trabalho. Paralelamente, o SUEESSOR prepara a mobilização da categoria para garantir o cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho.

“Direitos conquistados em 2025 precisam ser respeitados em 2025” – finalizou Juarez.

O SUEESSOR seguirá firme, vigilante e combativo na defesa da categoria, exigindo valorização, condições dignas de trabalho e o respeito às conquistas coletivas da enfermagem e demais profissionais da saúde.

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