PRESIDENTE DO SUEESSOR PARTICIPA DE CONGRESSO SOBRE PATOLOGIAS MÚLTIPLAS E RARAS E DESTACA PAPEL DAS NEGOCIAÇÕES COLETIVAS E DA CIF

Na última quinta-feira (10), o presidente do Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região (SUEESSOR), Antonio Gervásio Rodrigues, participou do 1º Congresso de Patologias Múltiplas e Raras, realizado pela Secretaria Executiva da Pessoa com Deficiência, com apoio da OAB Osasco. O evento teve como propósito central ampliar o debate sobre saúde pública, judicialização e o papel da advocacia na criação de políticas inclusivas voltadas às doenças raras.

O encontro reuniu especialistas, representantes da advocacia, profissionais da saúde e sociedade civil, que discutiram três eixos principais:

• Os desafios da saúde pública diante das patologias múltiplas e raras;
• Os impactos da judicialização para pacientes e instituições;
• A importância da advocacia na formulação de políticas públicas que garantam direitos e inclusão.

Entre os convidados, o presidente do SUEESSOR destacou a relevância de fortalecer a atuação sindical neste processo.

“As convenções e acordos coletivos são instrumentos fundamentais para assegurar não apenas melhores condições de trabalho, mas também a proteção integral da saúde do trabalhador. Debates como este reforçam que nossas conquistas devem dialogar com políticas públicas que contemplem a realidade dos trabalhadores que enfrentam doenças raras ou múltiplas condições de saúde” – afirmou Gervásio.

MEDICINA PERSONALIZADA E CIF: UM NOVO OLHAR PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR

Outro ponto de destaque foi a discussão sobre medicina personalizada, vista como essencial no tratamento de doenças raras. Nesse contexto, o presidente do SUEESSOR trouxe à tona a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) como ferramenta estratégica para transformar a forma de encarar a saúde do trabalhador.

“A ampliação do uso da CIF representaria uma mudança profunda na forma como encaramos a saúde do trabalhador. No modelo atual, o foco está restrito à doença ou condição médica, enquanto a CIF permite uma análise mais abrangente, considerando a pessoa como um todo, incluindo os impactos sociais e ambientais sobre sua saúde. Para isso, é fundamental acompanhar a evolução do ambiente de trabalho e suas novas demandas, o que exige atualização e implementação de políticas públicas” – ressaltou o presidente.

AMBULATÓRIO DO SUEESSOR: PRÁTICA QUE FORTALECE A TEORIA

Desde 2021, o Sindicato mantém um ambulatório de especialidades médicas, com uma equipe multidisciplinar que inclui clínico geral, ortopedista, psicólogos, psiquiatra e cardiologista. A iniciativa busca oferecer um atendimento humanizado e integrado aos trabalhadores.

“Nosso objetivo é oferecer um atendimento essencial, próximo, inclusivo e que pode sim, contribuir com a prática da CIF, promovendo diagnósticos mais completos e eficazes” – destacou Gervásio.

AVANÇOS DEPENDEM DA AÇÃO COLETIVA

Encerrando sua participação, o presidente reforçou a necessidade de engajamento sindical para consolidar políticas inclusivas e fortalecer o reconhecimento das causas das doenças ocupacionais.

“Adotar ferramentas como a CIF, que asseguram os direitos reais dos trabalhadores, dependerá sempre da conscientização e capacitação, tanto dos profissionais quanto dos próprios trabalhadores. Para isso, é fundamental um esforço conjunto entre as entidades sindicais, com o objetivo de fortalecer e consolidar nossos objetivos educacionais e práticos” – concluiu o presidente do SUEESSOR.

A participação de Antonio Gervásio Rodrigues no congresso reforça o compromisso do SUEESSOR em articular debates que unem saúde, inclusão e direitos trabalhistas, ampliando a proteção e a qualidade de vida dos trabalhadores da região.