ORGANIZADOS PELO SINDICATO, TRABALHADORES DO HGC DEFLAGRAM GREVE COM RESPEITO À DECISÃO JUDICIAL E FOCO NA GARANTIA DE DIREITOS
Na manhã desta quarta-feira (02), os trabalhadores do Hospital Geral de Carapicuíba (HGC) deflagraram greve a partir das 6h, conforme deliberado em Assembleia Geral Extraordinária realizada no último dia 27 de junho. A mobilização, organizada pelo Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região (SUEESSOR), tem como objetivo a garantia de direitos básicos da categoria, muitos dos quais vêm sendo sistematicamente desrespeitados.
A paralisação foi organizada com responsabilidade e respeito absoluto à decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), que, na tarde de terça-feira (01), após audiência de conciliação sem avanços de propostas por parte da Fundação do ABC, determinou a manutenção de efetivo mínimo durante a greve. O SUEESSOR e os trabalhadores reafirmam o compromisso com a legalidade, a continuidade dos atendimentos essenciais e a segurança da população usuária do serviço público de saúde.
Em cumprimento à decisão judicial, estão mantidos os seguintes percentuais de funcionamento nos setores do hospital:
- 100% do efetivo nas áreas de urgência e emergência, UTI adulto, UTI neonatal, UTI pediátrica, centro cirúrgico, maternidade de alto risco e demais UTIs;
- 80% nos demais setores de assistência direta ao paciente;
- 60% nas áreas administrativas e de apoio.
A condução do movimento grevista está sob responsabilidade do presidente do SUEESSOR, Antonio Gervásio Rodrigues e do vice-presidente, Juarez Henrique de Paulo, com o apoio do secretário-geral Donizete Aparecido Manoel, do primeiro secretário Amilton Arlindo Moura Rodrigues, dos diretores Ailton Mercês, Amélia Pereira Matos, Edinaldo Alves Batista, Geni dos Santos Nascimento, Luciana Santos, Rogério Mendes e Orlando Faustino, além da assessoria jurídica representada pelo Dr. Flávio Bezerra e Dra. Lilian Bisaro.
Ainda nesta quarta-feira, o Sindicato protocolou uma notificação extrajudicial à Fundação ABC (FUABC), atual gestora do hospital, solicitando com urgência informações formais sobre a conformidade do efetivo que assumiu os plantões com a decisão judicial vigente. O documento requer que seja especificado o número de trabalhadores alocados em cada setor, acompanhado das escalas detalhadas e da relação nominal dos profissionais em atividade, com indicação das respectivas funções e locais de atuação.
A diretoria do SUEESSOR ressalta que a greve não tem por finalidade a negociação da coletiva da categoria, mas sim a busca por soluções urgentes para reivindicações específicas dos trabalhadores do HGC, muitas delas relacionadas a direitos elementares.
Entre as principais reivindicações estão:
- Piso salarial de R$ 1.904,00 para a categoria;
- Reajuste de 5,32% a partir de 1º de maio de 2025;
- Adicional noturno de 40% para todos os trabalhadores, inclusive os da escala 12×36;
- Pagamento do adicional de insalubridade conforme a Súmula 448 do TST;
- Compensação ou pagamento das horas de feriados trabalhados na escala 12×36, conforme Súmula 444 do TST;
- Proibição da escala 6×1 com jornada de 44 horas semanais;
- Correção salarial imediata para os profissionais da limpeza e da cozinha, que recebem abaixo do salário mínimo;
- Fornecimento gratuito de refeições completas (café da manhã, almoço e jantar) para todos os turnos.
A diretoria do SUEESSOR reforça “que a greve é um instrumento legítimo de luta, adotado com responsabilidade e respeito às determinações legais, com o objetivo de garantir condições dignas de trabalho e atendimento de qualidade à população”.
A paralisação continua até que haja uma proposta por parte da empresa.