MOBILIZAÇÃO DO SUEESSOR E DOS TRABALHADORES DO HAPVIDA JÁ GERA PRIMEIRA PROPOSTA DE REAJUSTE SALARIAL
A mobilização do sindicato juntamente com trabalhadores do HapVida Notredame Intermédica começou a surtir efeito. Após panfletagem realizada pela diretoria do Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região (SUEESSOR) nos dias 1º e 2 de setembro, nas unidades de Itapevi, Osasco e Taboão da Serra, a empresa encaminhou, ainda na manhã desta terça-feira (2), uma proposta de reajuste salarial ao secretário-geral do sindicato, Donizete Aparecido Manoel.
A proposta apresentada prevê um reajuste de 5,32% sobre o salário de abril de 2025, aplicado da seguinte forma: 4% a partir de maio até setembro de 2025, pagos na forma de abono na folha de pagamento de setembro (recebimento no primeiro dia útil do mês), e 5,32% a partir de 1º de outubro de 2025, como reajuste salarial efetivo, a ser pago a partir de 1º de novembro. O percentual do abono não é cumulativo com o reajuste.
O vice-presidente do SUEESSOR, Juarez Henrique de Paulo, destacou que, embora considere positiva a iniciativa da empresa, a proposta não atende às reivindicações da categoria. Os trabalhadores pleiteiam que o reajuste de 5,32% seja aplicado com retroatividade a maio, sem parcelamento e sem caráter de abono.
“Essa forma de abono nada mais é do que uma tentativa de não realizar a recomposição efetiva dos salários. Rejeitamos esse modelo, pois a data-base de maio possui força normativa, exigindo que o reajuste incida diretamente sobre salários, férias, FGTS e demais direitos trabalhistas”, afirmou Juarez.
Além do reajuste, o sindicato reforça outras demandas justas da categoria, como:
- Piso salarial de R$ 1.804,00 para jornada de 180 horas, respeitando o mínimo estadual;
- Cesta básica de R$ 300,00;
- Contratação de mais profissionais, para evitar sobrecarga e garantir qualidade no atendimento.
A necessidade de reforço de pessoal se tornou ainda mais urgente após denúncias de demissões em setores administrativos, principalmente na recepção, com a implementação de um novo sistema, e a falta de profissionais de enfermagem, que tem sobrecarregado as equipes de plantão. Trabalhadores relatam que a combinação entre a nova ferramenta, as exigências da empresa e o contingente insuficiente tem levado a situações de estresse e até episódios de agressões verbais por parte de pacientes.
“É humanamente impossível para um único profissional de enfermagem em uma UTI, já sobrecarregado, verificar sinais vitais a cada hora de cada paciente, dar banho, alimentar e medicar todos de forma adequada. Sempre haverá alguém que ficará desprovido de um atendimento digno”, ressaltou Juarez.
O trabalho de mobilização continuará nos próximos dias nas portas das unidades, com o objetivo de informar a categoria sobre as negociações e acolher denúncias. A ação conta com o apoio do primeiro secretário Amilton A. de Moura Rodrigues e dos diretores Ailton Mercês, Amélia Pereira Matos, Edinaldo Alves Batista, Geni Santos do Nascimento, Luciana Pereira Santos e Rogério Nunes Mendes.
Para fortalecer a organização da categoria, o SUEESSOR disponibilizou um grupo de WhatsApp, acessível via QR Code impresso nos panfletos distribuídos durante as mobilizações.
O sindicato reiterou à empresa as reivindicações da categoria e aguarda uma contra-proposta que contemple todos os itens da pauta.