28/06/2016 15h57

Não ao EAD!

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Na tarde de segunda-feira (27), o SUEESSOR, participou de audiência pública proposta pelo Deputado Estadual, Celso Giglio, realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo – ALESP, por iniciativa do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (COREN-SP).

O objetivo foi debater o método de ensino e formação a distância do sistema EAD (Ensino à Distância) para enfermeiros e técnicos de enfermagem.

De acordo com a Conselheira Federal e Coordenadora da Operação EAD, Dorisdaia Humerez, “embora não seja o papel do COFEN regular a formação de Enfermagem e sim normatizar e fiscalizar o exercício da profissão, existe uma preocupação em relação ao nível de formação dos profissionais”.

A Conselheira ainda apresentou dados alarmantes quanto ao crescimento da demanda por este tipo de formação, a falta de estrutura e às falhas do sistema EAD, “durante a operação, foram percorridos todos os polos de ensino a distância no país, com auxílio dos fiscais regionais, verificando-se ausência de bibliotecas, laboratórios, docentes qualificados e convênios para realização de estágios obrigatórios”, e alertou, “que erros e danos ocasionados por imperícias, negligência e imprudência na assistência a população serão maiores do que já ocorre com a formação em cursos presenciais”.

Com a palavra, Fabíola Matozinho, Presidente do COREN de São Paulo, disse “ser uma irresponsabilidade do Ministério da Educação, e ressaltou ser a população uma das principais prejudicadas, já que esta desconhece esse cenário”.

O RESULTADO

Durante o debate com os presentes, foi possível tirar alguns encaminhamentos importantes, o que resultou em um novo Projeto de Lei, assinado pelo Deputado Celso Giglio, proibindo o EAD para enfermeiros e técnicos de enfermagem no Estado de São Paulo.

Para a técnica de enfermagem e dirigente do SUEESSOR, Luciana Santos, embora, o resultado tenha sido importante, ainda está longe de ser o ideal para a categoria e também para a população. “O fato de existir mais um PL contra o sistema, não impedirá que as pessoas se formem em outros estados e trabalhem em São Paulo”.

“Enfim, já que os conselhos não possuem o poder de proibir esse tipo de sistema, acredito que seja mais viável nos mobilizarmos e dar força ao PL 2891/2015 que já está tramitando nos poderes públicos, como também, estudarmos de fato a viabilidade de criar um exame de proficiência para os profissionais da área, como foi proposto aqui hoje, por um de nossos colegas presentes. Um exame assim pode tanto nos auxiliar na questão do EAD, como também, ajudar na fiscalização dos cursos onde o ensino é presencial”, finalizou a dirigente.

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